Um dos maiores e mais talentosos pilotos de F1 da história: descubra curiosidades do tricampeão mundial de F1 Ayrton Senna, uma lenda que marcou época com seu talento e visão de mundo, tornando-se uma inspiração que extrapola as fronteiras do espaço-tempo.
Um dos maiores e mais talentosos pilotos de F1 da história, Ayrton Senna marcou época e inspirou milhares com seu talento e visão de mundo, deixando um legado amplo que se estende para além das pistas. Tricampeão mundial de F1, o “Rei de Mônaco” adquiriu status de lenda, um nome que ressoa com intensidade e paixão nos corações de fãs de automobilismo ao redor do mundo.
Sua habilidade incomparável nas pistas e seu carisma fora delas transformaram-no em uma referência, não somente no Brasil, mas por todo o globo. É por isso que Senna, cuja vida foi marcada tanto por conquistas ao volante quanto por atos de gentileza e generosidade fora das corridas, continua a inspirar pessoas de todas as nacionalidades.
Seu legado, sem dúvidas, vai além dos impressionantes recordes e títulos. Homem de falas inspiradoras, exemplo de disciplina, perseverança e intensa dedicação ao esporte, plantou sementes que florescem ainda hoje, como os jovens apoiados pelo instituto que carrega seu nome e a mentalidade vencedora que marcou sua jornada.
Mas você sabe realmente tudo sobre Ayrton Senna? Neste artigo, a Brogan compartilha contigo algumas das curiosidades menos conhecidas sobre a vida deste ícone. Continue a leitura para descobri-las, compreendendo suas origens e o profundo impacto do piloto nas pistas e no imaginário popular.
Ayrton Senna da Silva, o lendário piloto brasileiro, nasceu em 21 de março de 1960, na cidade de São Paulo. Essa data marcou o início da jornada de um dos maiores talentos que o mundo do automobilismo já testemunhou. Nascia ali um ídolo, referência geracional, a sementeira que inspira e produz diversos frutos até os dias de hoje.
Dados Gerais:
- • Nome completo: Ayrton Senna da Silva
- • Data de Nascimento: 21 de março de 1960 (São Paulo, SP, Brasil)
- • Apelidos principais: “Beco”, “O Rei de Mônaco” e “Rei da Chuva”
- • Áreas de atuação: piloto de F1, empresário e filantropo
- • Formação Automobilística: Kart
- • Títulos mundiais de F1: Equipe McLaren em 1988 / 1990 / 1991
- • Data da Morte: 1º de maio de 1994 [aos 34 anos] (Bolonha, Itália)
Kart: a escola de Senna, uma lenda em formação
A paixão de Ayrton pelo automobilismo começou cedo, logo aos 4 anos de idade, quando ganhou seu primeiro mini kart, construído especialmente por seu pai. Simbolicamente, seria esse pequeno kart a ferramenta a despertar nele o amor pelas corridas e pela velocidade, além de marcar o início de uma jornada lendária no mundo das pistas.
Uma das conquistas mais memoráveis de Senna na modalidade foi o título do Brasileiro de Kart de 1978, disputado no kartódromo de Tarumã, em Viamão, Grande Porto Alegre (RS). Na época, com apenas 18 anos, no dia 16 de julho, e com o kart também número 16, ele competiu pela equipe Sulam e dominou todas as três baterias da primeira categoria 100cc.
Aquele era um domingo, no qual, em uma exibição impressionante de talento e determinação, Senna derrotou seu rival Walter Travaglini, que havia conquistado o título no ano anterior. Essa vitória, afinal de contas, solidificou sua posição como uma promessa ascendente no automobilismo brasileiro, trazendo a confiança necessária para a continuidade e expansão de sua carreira que, como sabemos, seria ampliada para além das pistas de mini-veículos.
Além de sua família, outro grande responsável pelo crescimento de Senna foi o criador da DAP, o italiano Angelo Parrilla, figura de renome, muito respeitada no universo da velocidade. Parilla é reconhecido, afinal, como o responsável por levar Ayrton para as pistas europeias, além de ter sido seu “mentor” durante aqueles anos seguintes. Em entrevista concedida no ano de 2014, em Milão, ele afirmou enxergar a lenda como “um filho adotivo” devido à proximidade e à estima que possuía pelo brasileiro. Nas suas palavras, o jovem piloto era muito determinado, “uma pessoa maravilhosa e com notável sensibilidade”.
Além disso, outra curiosidade fascinante diz respeito ao intenso espírito competitivo que Senna desenvolveu desde cedo, especialmente em suas corridas de kart.
Entre seus muitos adversários, destacava-se um competidor em particular, que o desafiava em cada curva: Terry Fullerton. No limite, a rivalidade entre os dois contribuiu significativamente para o desenvolvimento das habilidades de Senna, preparando-o para os desafios futuros nas pistas internacionais de F1.
Mais tarde, no ano de 1993, ao final da corrida de Adelaide, Grande Prêmio da Austrália, quando perguntado pelo jornalista Mark Fogerty sobre o rival com quem mais gostou de competir, foram estas as suas palavras:
“Vim pela primeira vez à Europa para competir fora do Brasil como companheiro de equipe do Fullerton. Ele era muito experiente e gostei muito de pilotar com ele porque ele era rápido, era consistente, era para mim uma pessoa muito completa. Piloto. E era pura condução, pura corrida, então não havia política, certo?”
Tais palavras, afinal, surpreenderam a muitos, que esperariam como resposta o nome de seu rival histórico, o francês Alain Prost, sobre quem falaremos mais abaixo. Todavia, para além da surpresa, elas demonstraram claramente ao público e à crítica qual era a maior influência daquele que, àquela altura, já era considerado um grande herói nacional e um dos maiores pilotos de todos os tempos.
Em outras palavras, ao competir contra Terry, analisando-o sistematicamente, reforçou-se em Ayrton duas daquelas que seriam consideradas suas grandes características: a competitividade, fundamentalmente, mas também a capacidade de se superar para, então, superar seus maiores adversários.
O capacete de Ayrton Senna: verde e amarelo, um símbolo nacional
Desde o início de sua jornada na F1, Senna já carregava consigo as cores do Brasil em seu capacete, uma tradição que, imageticamente, simbolizava seu profundo patriotismo e sua paixão pelo esporte. Icônico e chamativo, o item de segurança passou a ser reconhecido em todo o mundo, também significando a garra e determinação do piloto brasileiro.
No entanto, suas origens remetem ao Kart, já que o desenho de seu casco foi criado especialmente para o Mundial de Kart de 1979. Seu criador foi Sid Mosca, talentoso aerografista brasileiro, artista que também criou o design de outros ícones do automobilismo, como Mika Häkkinen e Michael Schumacher. Na ocasião, a cor amarela – mais aberta e vibrante – foi escolhida para a base da pintura, complementada pelas duas faixas, verde e preta, sutilmente detalhadas pelos filetes brancos. Dispostas acima e abaixo da região dos olhos do piloto, as tiras se harmonizaram perfeitamente para, enfim, compor um arranjo estético e vistoso. E histórico, sem dúvidas.
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Os incríveis números de Ayrton Senna na F1
Ao longo de sua carreira, Senna conquistou um impressionante total de 41 vitórias na Fórmula 1, incluindo 19 corridas lideradas de ponta a ponta. Tais vitórias, além de tornarem clara sua habilidade excepcional, também solidificaram seu lugar entre os grandes do esporte. Nesse sentido, seus três campeonatos mundiais, conquistados em 1988, 1990 e 1991, são testemunhos de sua dominância nas pistas e de sua determinação implacável em alcançar a excelência.
- • Títulos mundiais: 3 conquistas (1988, 1990 e 1991)
- • GPs (Grandes Prêmios) disputados: 162 corridas
- • Vitórias: 41
- • Vitórias de ponta a ponta: 19
- • Pole positions: 65
- • Pódios: 80
- • Pontuação: 610 pontos totais
A rivalidade entre Senna e Alain Prost
Outra das facetas mais memoráveis da carreira de Senna na Fórmula 1 foi sua intensa rivalidade com o piloto francês Alain Prost. Esse antagonismo, aliás, marcado por momentos de intensidade e drama, é considerado um dos mais acirrados da história do esporte. Assim, as batalhas épicas travadas entre os dois cativaram profundamente os fãs em todo o mundo, além de elevar o nível de competição no esporte a novos patamares.
A rivalidade atingiu seu auge durante os anos em que ambos competiram juntos na McLaren, especialmente nas temporadas de 1988 a 1990. Embora compartilhassem a mesma equipe, os dois pilotos eram adversários ferrenhos, com estilos de pilotagem e personalidades que frequentemente se chocavam. Dessa forma, suas diferenças culminaram em confrontos dramáticos nas pistas, marcados por ultrapassagens audaciosas, manobras arriscadas e, em alguns casos, colisões controversas.
Um dos momentos mais emblemáticos dessa rivalidade foi o famoso Grande Prêmio do Japão de 1989, em Suzuka, onde – ao final da 47ª volta– uma colisão entre Senna e Prost decidiu o vencedor do campeonato mundial. Na ocasião, Senna conseguiu retornar à pista após reparos no bico de seu carro e, incrivelmente, ainda venceu a corrida. No entanto, apesar da vitória, foi desclassificado por ter retornado através da área de escape, o que contrariava o regulamento existente. A desclassificação, por fim, permitiu que Prost se tornasse o campeão mundial daquele ano, gerando uma controvérsia sem precedentes que aprofundou ainda mais a animosidade entre os dois.
Para muitos, essa foi uma das grandes injustiças na carreira do “Rei da Chuva”, sentimento que se acentuou devido à imparcialidade do então presidente da FISA (Fédération Internationale du Sport Automobile), Jean-Marie Balestre, confessada anos depois. Contudo, Ayrton teve tempo de recompor-se e “se vingar”, vencendo os campeonatos dos dois anos seguintes: 1990 e 1991.
Mocassim Magaglio e meias brancas: um dos moods de Senna
Outra curiosidade interessante se deve ao cruzamento dos caminhos da família Brogan e de Senna. Fora das pistas, Ayrton era visto, frequentemente, usando sapatos de couro, em especial os mocassins da marca Magaglio, em looks compostos com meias brancas. Essa era, em termos de estilo, uma de suas marcas registradas.
Ocorre que Eduardo Borges, fundador e diretor criativo da Brogan Shoes, havia sido sócio de Alberto Magaglio no passado, circunstância que lhe permitiu conhecer mais de perto a lenda. Um privilégio, sem dúvidas, que marcou sua trajetória, influenciando suas percepções e escolhas cujos desfechos fariam da marca Brogan uma das mais sólidas e reconhecidas do Brasil.
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A idolatria de Senna no Japão: uma conexão de valores
Para o povo japonês, Ayrton Senna representava um ícone, uma figura quase divina reverenciada por milhares de fãs. Mas por que o “Rei de Mônaco” era assim percebido no país asiático?
No âmbito cultural, tudo indica que essa percepção se relaciona tanto às habilidades técnicas na pista, quanto à dimensão ética; em outras palavras, o compartilhar de valores e da visão de mundo. Essa dupla condição, portanto, foi aparentemente o combustível para a profunda conexão que o piloto brasileiro criou junto ao povo japonês.
Afinal, sua ética de trabalho incansável, o compromisso com a excelência e sua dedicação ao esporte ressoavam profundamente com os valores japoneses de disciplina, determinação e respeito. Além disso, sua habilidade extraordinária ao volante, combinada com sua personalidade carismática e caráter humilde, cativaram os corações dos japoneses, que o viam não apenas como um piloto, mas como um símbolo de inspiração e esperança.
Para completar, foi no circuito de Suzuka, no Japão, que Senna conquistou todos os seus 3 títulos mundiais de F1, com destaque para o primeiro, sempre marcante e simbólico, o que contribuiu para estreitar ainda mais os laços de afeto.
Além disso, ele cultivou uma relação especial com a Honda, uma das principais fabricantes de automóveis do país e do mundo. Senna era um grande fã da marca e dono de uma Honda NSX Acura, apelidada como "a Ferrari japonesa". Inclusive, colaborou ativamente com os engenheiros e chefes da empresa, dirigindo seu protótipo e oferecendo feedbacks construtivos e valiosos, de modo que contribuiu decisivamente para o desenvolvimento e aprimoramento da versão final do veículo.
Em entrevista televisiva, no ano de 1993, o herói brasileiro destacou ainda o “compromisso com o ideal” que enxergava nos trabalhadores da equipe Honda. Segundo ele, eram profissionais sempre dispostos a realizar “todo e qualquer esforço” para atingi-lo, numa clara demonstração de match cultural.
Com essa parceria única, a lenda solidificou ainda mais sua posição como um ícone no país asiático, fortalecendo os laços com o povo japonês. Em última instância, a idolatria consistiu em um tributo sincero àquele que era um símbolo – de respeito, admiração e inspiração – capaz de transcender fronteiras geográficas com o seu ethos e suas atitudes.
Acompanhe a fala do próprio Ayrton Senna acerca de sua relação com o Japão (1993)
A Casa dos Brinquedos
No interior do estado de São Paulo, na pacata cidade de Tatuí, encontra-se uma das duas propriedades que Senna possuía no Brasil: o sítio onde existe uma casa à beira lago, afetuosamente conhecida como a "Casa dos Brinquedos". Em essência, esse apelido refletia também a personalidade simples do menino que habitava o homem, bem como outros de seus hobbies e interesses: os brinquedos de “gente grande” sempre vinculados à noção de velocidade, seja na terra, na água ou no ar.
Entre os "brinquedos" que adornavam este espaço, estavam desde motocicletas até jet skis e karts, que ele usava em pistas especialmente construídas na propriedade. Além dos veículos motorizados, havia também diferentes brinquedos de controle remoto, como os aviões com os quais sobrevoava a área verde da propriedade, desfrutando de uma liberdade raramente experimentada em seu cotidiano de competições. Esses momentos, afinal, eram especialmente preciosos para ele, pois ofereciam a oportunidade de estar ao lado de amigos e moradores da região. Logo, um espaço distante dos holofotes e das expectativas do público, que o proporcionava um breve escape da realidade do asfalto.
No primeiro andar da casa:
- • motos;
- • bugues;
- • quadriciclos;
- • jet-skis e
- • um barco.
No segundo andar:
(Todos estes controlados via dispositivo remoto)
- • carros;
- • lanchas;
- • aviões;
- • um hovercraft e
- • um helicóptero.
Um de seus aviões, inclusive, foi uma homenagem recebida da equipe Honda após a sua conquista do mundial de 1991. Similar ao aeromodelo, era também a maioria dos brinquedos ali dispostos: presentes que recebia com muito gosto e que passavam a compor sua coleção memorável.
"Ahhh!!! I won, I won, I can't believe it! Puta que pariu!"
- Comemoração de Senna na vitória no GP do Brasil, no ano de 1991, ocasião na qual sentia fortes dores físicas.
“O que sinto num carro a 300 km/h? Emoção, prazer e desafio!”
“Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.”
"O importante é ganhar. Tudo e sempre. Essa história de que o importante é competir não passa de pura demagogia".
"Meus ídolos como pilotos sempre foram Niki Lauda e Gilles Villeneuve. O primeiro pela frieza e Villeneuve pela agressividade."
“Se você quer ser bem sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si.”
“No que diz respeito ao desempenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem-feita ou não faz.”
Relembre a canção da vitória, lindamente executada pelos intérpretes do grupo Roupa Nova
Conheça, com detalhes, um dos mais belos frutos do legado de Senna: O Instituto Ayrton Senna
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O fatídico 1º de maio de 1994 ficaria marcado como um dos dias mais tristes da história do Brasil e do esporte mundial. Naquela data, enfim, Senna nos deixava após um trágico acidente durante o Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália. Próximo à curva Tamburello, perigosa e fatal, a barra de sua direção quebrou, levando-o a colidir-se, a quase 200km por hora, no muro de concreto do trecho. Sua morte, por fim, levantou diversas questões sobre a segurança (tanto dos veículos quanto das pistas) e a eficiência dos procedimentos médicos, bem como sobre os próprios limites do automobilismo.
Em última análise, o legado de Ayrton Senna vai muito além das estatísticas e das conquistas nas pistas. Afinal, ele será, sim, lembrado como um dos maiores pilotos da história do esporte, cuja influência continua a inspirar gerações de fãs e competidores, alimentando a chama da paixão pelo automobilismo em todo o mundo. Entretanto, será lembrado também por sua simplicidade e pela dedicação à excelência, valores que defendia e compartilhava com todos ao seu redor. Pois foi assim que o menino Beco construiu-se e revelou-se gradualmente ao mundo: como uma alma talentosa e de profundo caráter, amante da velocidade e comprometida com a mentalidade vencedora.
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